quarta-feira, 12 de julho de 2017

Song On The Beach

O beijo dela é diferente,
vou nem falar nada.
Mentira, vou sim.
É um daqueles que beijo que não termina
e que muito menos dá pra parar.
Se parar, é pra pegar ar
e logo em seguida emendar um outro.
Gosto de quando ela coloca a mão na minha nuca
e me puxa
e me aperta
e me arranha
e me faz carinho.

Assim que nos beijamos pela primeira vez,
estranhei.
Ela foi logo colocando aquele linguão na minha boca,
sem nem pedir licença.
Porém,
logo percebi que o beijo dela era diferente.
Era sutil,
ao mesmo tempo que tão intenso.
Fiquei perplexo.
O beijo era tão bom que me esquentava,
me fazia querer mais e mais e mais e mais.
É um beijo apaixonante,
digno de cinema.

Sorrio muito com ela.
Sempre quero rir quando tô com ela.
É muito estranho, devo dizer.
Olha para ela e tenho vontade de rir.
Não de rir da cara dela,
a cara dela é linda.
Tem umas bochechas bem redondinhas,
daquelas que dá vontade de apertar até doer.
Só de imaginar como ela fica quando sorri,
vem um calorzinho aqui dentro.
Não é rir, não.
Não é.
É sorrir.
Sorrir de alegria,
como quem não tem problemas,
como se nada importa,
só ela.
E ela nem faz nada pra isso, sabe?
Ela só é ela.

Ela tem os olhos meio puxados
e uma pintinha bem embaixo do esquerdo.
Quando ela ri
e mostra aquele sorriso lindo dela,
os olhos se fecham por completo
e a pinta meio que se perde por ali.
Sua risada não é alta,
é meio que pra dentro,
como se rir fosse um crime.
Se sua risada é um crime,
meritíssimo,
quero prisão perpétua.

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