domingo, 23 de novembro de 2014

É, morena, tá tudo bem.

                Tenho certeza que foi somente um sonho. Mas também tenho certeza realmente aconteceu. Faz algum sentido? Acordar e ter dúvida de sua própria realidade?
            Olhei para uma foto tua e fiquei em silêncio. Onde estás, meu bem? Por que se escondes? Meus braços estão abertos, esperando teu corpo que insiste em completar o meu. A porta está aberta e as luzes apagadas, mesmo com meu medo ilógico do escuro. Espero pelo teu cheiro, que até hoje não consigo definir. Espero pelo teu cabelo enrolado com o meu, em um delicioso uníssono. Espero pela tua boca grudada na minha, sussurrando em meu ouvido frases que são gravadas em minha memória. Espero pelos teus pés, lutando com os meus para decidir quem fica em baixo. Espero pelo som da tua risada entrar em meu quarto. Essa sua gargalhada gostosa tem um quê de especial, que me conforta nas piores das tempestades. De verdade, espero pelo dia no qual você vai vir, e não vai mais sair.
De nossos afagos, cuido eu. Mas vem logo que a chuva está apertando e esqueci de fechar as janelas. 

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