quinta-feira, 7 de julho de 2016

Hey There Delilah.

De um tempo pra cá, tive pensando em você. Vasculhei os cantos da minha mente e desenterrei diversas memórias, só pra lembrar dos trejeitos. Começo a pensar se você está bem e se ainda continua acreditando nas pessoas. Imagino esses teus olhos verde-azulados encarando outros, seduzindo-os, como fazia comigo. O quanto você mudou? Ora essa, anos se passaram e cá estou. É tão difícil de acreditar? Não vou dizer que sinto saudades suas, pois seria mentira. Sinto saudades de nós, da nossa inocência perante o mundo que nos rodeava. Éramos dois estranhos que se encontravam nessa imensidão. Tínhamos criado nossa própria casa no peito um do outro, um conforto que hoje custo a encontrar. Vivi os melhores dias da minha vida ali, contigo, na praça perto da tua casa. Subestimei sua vontade de sempre ir pra frente. Não havia malícia em nossas palavras. Dizíamos juras de amor pois acreditávamos nessas coisas abstratas. Pondero se um dia você realmente acho que não havia mais nada entre nós. Podem passar décadas, mas sempre irei lembrar de como a tua voz me fazia sentir toda vez que dizia meu nome.
Teria você sido minha alma gêmea, aquela que tanto procuro? Seria a vida assim tão sádica? Um monte de talvez inundam os meus pensamentos. Esse sentimento que ficou é de pura nostalgia, que não parece conseguir medir a forma que mudamos um ao outro. Servimos de entrada para todo um novo mundo, com tantas decepções e amores. Fomos experiência, antes que memória.
Começo a minha vida adulta com teu rosto flutuando nos meus olhos. Lembrando que, um dia, eu fui completamente de alguém.

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