domingo, 1 de junho de 2014

Dia 1º de Junho, 2014.

Querido diário,

hoje um novo mês começou. Junho começa onde Maio custou a terminar. Em retrospectiva, foi o pior mês que eu já vivi nessa minha breve existência. Sei que ainda irá ser um mês difícil para mim, ainda mais com o Dia dos Namorados chegando. Sou louco normalmente, imaginando todas as situações possíveis, que dirá nessa data.
Combinei de dia quatorze, após a festa junina de meu antigo colégio, sair para beber com a minha amiga. Acho que vai ser bom, mesmo com a minha última tentativa tendo sido um completo desastre. Na verdade, não foi tão ruim assim. Ri bastante e me mantive ocupado por algum tempo, mas eu realmente achava que seria bem melhor. Apesar disso, estou entusiasmado. Nunca havia saído com ela só com esse intuito, muito menos ficado bêbado na frente dela. Quero que seja um dia para esquecer de tudo e acordar com aquela dor de cabeça, porém não por ter tido um sonho ruim. Não quero pensar em mais nada, a não ser conversas aleatórias que sempre temos e que sempre me fazem rir. Será um dia que esquecerei todas as minhas mágoas e todo o meu sofrimento nessas últimas semanas. Posso até voltar a mesma rotina depois disso, mas ao menos tentarei desviar minha cabeça nessa noite. Não quero ficar para trás enquanto ela vai seguindo a sua vida. Discutimos muito sobre isso: se ela fosse, eu também iria. Então não vou ficar de otário nessa.
Não “falo” com ela desde ontem, após sair do metrô. Sei que, além da situação óbvia, ela está triste comigo por ter insinuado onde ela estava na Sexta. Tudo o que eu falo é errado, mesmo não sendo o tão rude quanto ela pensa. Na verdade, tudo por mensagens passa uma ideia errada. Mas, como ela não quer mais falar comigo por telefone, é o que me resta, e essas brigas fúteis só continuam. Às vezes acho que ela quer ficar com raiva de mim, só para ter aquela aceitação final de seguir e não se importar comigo. Tenho achado muito isso, ultimamente. Ela acha que, tendo um namorado, as coisas vão ser as mesmas entre nós. Onde isso funciona? Ela sendo feliz com alguém e eu aqui, tentando manter uma amizade relativamente boa? Não dá, cara. O máximo que podemos fazer é ter essa amizade, mesmo que desgastada e severamente comprometida. É isso ou simplesmente não nos falarmos e não olharmos para a cara do outro (o que é, na verdade, o que está acontecendo). Tenho tentado muito resgatar pelo menos alguma coisa que tínhamos, mesmo antes de namorar, mas é sempre um passo para frente e dois para trás. Fazer o que, não é como se fôssemos namorados mesmo, não é?
Essa semana andarei mais ocupado com assuntos da faculdade, então talvez isso me ajude um pouco. Espero que sim. Até mais, Tom.


Atenciosamente,
Victor Luiz.

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