terça-feira, 3 de junho de 2014

Sem tempo para a tristeza.

Você não me ensinou a viver sem você. Logo que acabou, engajou em outro. Você tem abraço, tem afeto, tem beijo, tem felicidade. Tem tudo o que eu tinha. Você me tirou tudo o que eu tinha. Foi o seu pior crime. Dois anos de rotina, para fugir na matina. Sempre estive à sua mercê, não negue. Todo o tempo livre que tinha, dedicava a você. Agora, tenho tempo. Agora, não tenho você. Agora, tenho saudade. Agora, não tenho cumplicidade.
Você não me engana, menina. Posso ver seu sorriso, de contraste ao meu bad mood. Não estou na sua visão, muito menos em opção. Afasta-se de mim como um gato foge da água. Uma conversa, alguns minutos. Um silêncio, alguns dias. Éramos tudo, viramos nada. Dois estranhos, que se conhecem muito bem. Uma conhecida, que é conhecida por outro. Boa noite, meu amor, nos falamos amanhã! Te amo! Está tudo bem, não ficarei triste. Gastei muito tempo evitando e agora tudo já foi. Estou seco, meu bem. Não consigo nem ler, acredite se quiser. Procuro estórias de amor, para ver se acho em mim mesmo. Leio tudo e não fico satisfeito. Não tem amor o suficiente para encher meu vazio.
Muitas promessas, que agora são só remessas. Não fazem nem mais sentido, com toda essa situação. Nunca gostei delas, na verdade. Sempre temi que isso acontecesse e que elas ficassem em mim. Como estão agora. Sempre que evito, me machuco. É lei? Ou sou só sortudo?
Nem as músicas, meu bem, nem elas me salvam! Todas têm você no meio. Dá para acreditar? Escuto precisando de ajuda e no fim estou pior. Desde quando isso? Estás eternizada na minha mente. Lembranças, passado. Sofrimento, presente. Incertezas, futuro. Fazer o quê, se sou somente mais um? Nada! Fica no seu canto, calado! Não atrapalhe felicidade alheia, menino! Não sabe que isso é feio?

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