Você disse que iria em bora, mas
insiste que eu implore para ficar. Indefeso, acato sua ferocidade contra mim.
Pouco tenho, mas trocaria pela sua permanência. Deixo a porta aberta, caso
precise de um lugar. Prenso o celular na minha orelha, para que sua voz fique
mais de pertinho. Observo a rua daqui de cima, na esperança de te ver por aí. Penso
em pegar o ônibus até você, mas logo percebo minha tolice. Escuto suas músicas
preferidas, só para te imaginar dançando no quarto. Relembro momentos que
acabaram rápidos demais, desafiando minha sanidade.
Quando digo que vou aí, você
hesita. Vejo que sou perdido em ti, que se perdeu no mundo.
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