Tento entender em
como sua voz ecoa em minha cabeça, lembrando toda a falta que você me faz. Se
olho para a lua que aparece na madrugada, silenciosa e brilhante, lembro de como
você surgia através do portão, mirando-me com olhos cintilantes. Se ando pela
rua, procuro pelas suas costas meio longas (ou pela sua bunda). Se estou
sozinho em meu quarto, escuto músicas que me lembram os cantos da tua boca, com
pequeninas covas. Se leio livros, invento diálogos em que discutimos sobre qual é a melhor comida. Se vejo um filme, imagino seus pés enrolados nos
meus, em uma noite fria de inverno.
Se escrevo, tento de todas as
maneiras evitar meu pensamento em você. O que, uma hora ou outra, acaba se
tornando impossível.
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