terça-feira, 11 de agosto de 2015

Word by Word.

                Tento entender em como sua voz ecoa em minha cabeça, lembrando toda a falta que você me faz. Se olho para a lua que aparece na madrugada, silenciosa e brilhante, lembro de como você surgia através do portão, mirando-me com olhos cintilantes. Se ando pela rua, procuro pelas suas costas meio longas (ou pela sua bunda). Se estou sozinho em meu quarto, escuto músicas que me lembram os cantos da tua boca, com pequeninas covas. Se leio livros, invento diálogos em que discutimos sobre qual é a melhor comida. Se vejo um filme, imagino seus pés enrolados nos meus, em uma noite fria de inverno.
                Se escrevo, tento de todas as maneiras evitar meu pensamento em você. O que, uma hora ou outra, acaba se tornando impossível.

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