- Há quanto tempo nos
conhecemos?
- Um ano, talvez?
- Por aí.
- Por que?
-
Faz um ano que tenho uma quedinha por você.
- E por que nunca me
contou isso?
- Acho que já contei,
mas não diretamente.
- Hein?
- Todo o tempo livre
que tenho, passo com você. Seja conversando ou pensando em.
- E daí? Isso não
quer dizer nada.
- Eu sou louco por
você, ora essa. Vou deixar um pouco o amor de lado, mas afirmo com toda a
convicção que tenho em mim: sou apaixonado por você.
- Louco? Apaixonado?
Como espera que eu reaja a isso?
- Não espero, só
estou te dizendo.
- E por que não falou
isso antes, tipo há seis meses atrás?
- Você sabe que muita
coisa aconteceu, então foi meio complicado contrariar tudo e simplesmente te
dizer.
- Bom, as coisas
ainda continuam complicadas. Por que agora, então?
- Acho que adiei isso
por muito tempo. Confesso que meus ombros estão mais leves, embora minha cabeça
esteja latejando.
- Você é estranho. E
está suando.
- Acha que é fácil
fazer esse tipo de declaração?
- Aham.
- Sua risada é um
comprovante da reciprocidade?
- Não diria que sou apaixonada
por você, ou até louca, mas gosto de pessoas estranhas. E gosto da sua risada
também.
- Tudo bem, acho que
é melhor do que nada.
- Claro que é. Sou
muito difícil, veja bem. Sinta-se sortudo por eu meio que gostar de você.
- Fico feliz por ter
inflado seu ego, madame.
- Onde estão minhas
flores?
- Flores? Já te dei
flores antes.
- Que? Você vem se
declarar para mim e nem sequer traz flores? Um absurdo. O romantismo morreu!
- Pare de ser sádica.
Se quer flores, então vamos comprar.
- Eu estava
brincando.
- Que pena, pois
agora terá que, novamente, andar até sua casa com um buquê de flores.
- Eu tô falando
sério, era brincadeira.
- Hã? Não estou te
ouvindo. Anda, tem uma barraquinha ali na esquina.
- Você é maluco.
- Maluco? Acho que
não. Louco? Talvez.
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