- Dentre todas as
coisas, você me faz bem.
- Como é?
- Ué, não ouviu? Você
me faz bem. Fim.
- Eu nem te vejo
tanto assim.
- Sem querer ser
clichê, mas você não precisa estar aqui do meu lado. Na verdade, mesmo longe, já tá me fazendo um bem danado.
- Deixa de drama, tá
achando que a sua vida é um livro?
- Por exemplo, agora mesmo
estou olhando para a lua, que está pela metade. Sem nem mencionar você, posso
sentir uma pequena diferença de cinco minutos atrás.
- E o que a lua tem a
ver com isso tudo?
- Se bem me lembro,
você também gosta dela. Daí, vou lembrando gradativamente de você, só de olhar
para ela.
- Então você me
associou à lua?
- Algo assim. Não só
ela, mas as outras guardarei comigo.
- Você diz essas
coisas como se fosse novo nisso. Nunca te machucaram?
- Já. Algumas vezes.
- E como pode vir e
esbravejar tudo isso, sem medo algum?
- Quem disse que não
estou com medo? Só de pensar nas milhares de possibilidades, fico com um pé
atrás.
- Só um?
- A graça toda está
aí. Você ter o livre arbítrio para desistir a hora que quiser, mas seguir em
frente mesmo assim. De que adianta viver e nunca colocar a cara a tapa?
- Mas você já deu sua
cara a tapa.
- Bom, aí vai do gosto
do freguês. Eu acho que vale a pena.
- O que vale a pena?
- Você, oras. Mas não
fique toda convencida. E tire esse sorrisinho daí.
- Moi? Estou quieta. Você também não está
sério, então não pode me pedir isso.
- Estou seríssimo.
- Está rindo, também.
- Bom, não consigo
ficar tão sério assim. Você me conhece.
- Na verdade, não.
Mas a cada dia acho que conheço um pouquinho mais.
- Quero saber tudo sobre você.
- Não sou tão interessante assim.
- Quero que me conte seus medos, seus sonhos. Quero saber as peculiaridades que ninguém sabe, como quando suas pálpebras não fecham totalmente ao beijar.
- Que? Olha só, pra isso funcionar você também tem que fechar o olho.
- Gosto de te olhar, mesmo quando não devo.
- Você não é do tipo que fica olhando para a pessoa até ela acordar, né?
- Não garanto nada. Ainda mais, como eu poderia não olhar pra você, dormindo com toda sua graciosidade?
- Eu sou um pequeno monstro de manhã. Você nunca me viu nas primeiras horas do dia, então não pode afirmar nada.
- Afirmo que você, agora, às três e quarenta e quatro da tarde, é linda.
- Costuma usar isso com todas as outras?
- Só com as que dão bola.
- Babaca.
- Voltou com os xingamentos? O que aconteceu com todo o papo de "sou uma moça de respeito, não irei mais xingar"?
- Você me tira do sério, é isso que acontece.
- Quero saber tudo sobre você.
- Não sou tão interessante assim.
- Quero que me conte seus medos, seus sonhos. Quero saber as peculiaridades que ninguém sabe, como quando suas pálpebras não fecham totalmente ao beijar.
- Que? Olha só, pra isso funcionar você também tem que fechar o olho.
- Gosto de te olhar, mesmo quando não devo.
- Você não é do tipo que fica olhando para a pessoa até ela acordar, né?
- Não garanto nada. Ainda mais, como eu poderia não olhar pra você, dormindo com toda sua graciosidade?
- Eu sou um pequeno monstro de manhã. Você nunca me viu nas primeiras horas do dia, então não pode afirmar nada.
- Afirmo que você, agora, às três e quarenta e quatro da tarde, é linda.
- Costuma usar isso com todas as outras?
- Só com as que dão bola.
- Babaca.
- Voltou com os xingamentos? O que aconteceu com todo o papo de "sou uma moça de respeito, não irei mais xingar"?
- Você me tira do sério, é isso que acontece.
- Você também fica
linda emburrada.
- Cala a boca.
- Rude. Então, o que
acha de tomar um café? Faz tempo que não te vejo.
- Você nem gosta de
café, palhaço.
- Tudo bem, só quero
ver você de pertinho.
- Sem gracinhas,
pervertido. Estarei de olho em você.
- Tenha toda a
certeza que também estarei de olho em você.
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