Gosto de pensar que
as coisas dão certo. Em um certo ponto, talvez nem agora ou daqui a duas
semanas, mas em algum momento. Digo,
é mesmo possível vivermos por tantas curvas somente para chegar em um lugar sem
nada? Sei que não estou pedindo muito. Somente quero algo simples e bonito,
talvez até com algumas enroscadas de pés. Se isso for algum tipo de prêmio para
os que aguentam até o fim, tudo bem, estarei aqui, novamente, abrindo as portas
e janelas. Caso contrário, voltamos ao ponto, de que adianta?
Confesso, sou quem tem grandes
expectativas nas pequenas coisas, mas não acho que mereça ser castigado. É
inevitável. Tentei. Tento. Mas vem de dentro. Culpo minha mãe, deve ser de
genética. Podia ter puxado seu olho verde, mas não, aparentemente não posso ter
essa cor em mim. Ao invés, herdei seu cabelo encaracolado e sua pontualidade
(talvez não toda). Poderia ser um surfista. Mas, aceito meu destino. Não há o
que fazer, senão trabalhar com o que tenho. O simples sempre me apareceu atraente.
Bilhetes, surpresas e até mesmo palavras soltas. Ora essa, dão graça ao nosso
dia-a-dia! Me enche por dentro receber essas coisas, mesmo que pequenas. Elas
têm uma candidez própria. Contudo, o problema logo aparece. Constantemente
espero recebê-las, o que me deixa desapontado quando nada acontece. É um fardo
que carrego com grande dificuldade, ainda mais com todo o segredo que faço
sobre isso. Ninguém sabe. E ninguém saberá. É minha particularidade. Defeito,
se quiser. Sinceramente, é difícil lidar.
Tenho
esperanças, enfim. Sigo firme e forte nesse caminho nebuloso, o qual eu tanto
estranho. Na verdade, diminuí meus passos. Estou meio que aproveitando o
durante, esquecendo o depois. Sim, nem eu acreditaria, mas é verdade. A mudança
é necessária, uma vez que crescemos no processo. Tudo vem com o seu tempo, então
não vejo motivo para acelerar. Vou indo devagar, sem pressa. É divertido. Você
também devia tentar. Ao menos será experiência, certo? Sim, percebi o quão
clichê isso foi. Pare com isso, sou o que sou! Olha aí, fiz de novo. Que clichê
ambulante, hein?
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