domingo, 14 de junho de 2015

To A Friend.

                Gosto de pensar que as coisas dão certo. Em um certo ponto, talvez nem agora ou daqui a duas semanas, mas em algum momento. Digo, é mesmo possível vivermos por tantas curvas somente para chegar em um lugar sem nada? Sei que não estou pedindo muito. Somente quero algo simples e bonito, talvez até com algumas enroscadas de pés. Se isso for algum tipo de prêmio para os que aguentam até o fim, tudo bem, estarei aqui, novamente, abrindo as portas e janelas. Caso contrário, voltamos ao ponto, de que adianta?
                Confesso, sou quem tem grandes expectativas nas pequenas coisas, mas não acho que mereça ser castigado. É inevitável. Tentei. Tento. Mas vem de dentro. Culpo minha mãe, deve ser de genética. Podia ter puxado seu olho verde, mas não, aparentemente não posso ter essa cor em mim. Ao invés, herdei seu cabelo encaracolado e sua pontualidade (talvez não toda). Poderia ser um surfista. Mas, aceito meu destino. Não há o que fazer, senão trabalhar com o que tenho. O simples sempre me apareceu atraente. Bilhetes, surpresas e até mesmo palavras soltas. Ora essa, dão graça ao nosso dia-a-dia! Me enche por dentro receber essas coisas, mesmo que pequenas. Elas têm uma candidez própria. Contudo, o problema logo aparece. Constantemente espero recebê-las, o que me deixa desapontado quando nada acontece. É um fardo que carrego com grande dificuldade, ainda mais com todo o segredo que faço sobre isso. Ninguém sabe. E ninguém saberá. É minha particularidade. Defeito, se quiser. Sinceramente, é difícil lidar.
                Tenho esperanças, enfim. Sigo firme e forte nesse caminho nebuloso, o qual eu tanto estranho. Na verdade, diminuí meus passos. Estou meio que aproveitando o durante, esquecendo o depois. Sim, nem eu acreditaria, mas é verdade. A mudança é necessária, uma vez que crescemos no processo. Tudo vem com o seu tempo, então não vejo motivo para acelerar. Vou indo devagar, sem pressa. É divertido. Você também devia tentar. Ao menos será experiência, certo? Sim, percebi o quão clichê isso foi. Pare com isso, sou o que sou! Olha aí, fiz de novo. Que clichê ambulante, hein?

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