Os textos
aqui deixados foram uma coletânea de palavras escritas no meu tumblr ao longo dos anos. O
texto abaixo fora o primeiro que eu escrevi, quando os hormônios em meu sistema
me atacavam a todo o momento. Então, se passarem por algum erro grotesco de
português ou coisa do tipo, me perdoem. Não tive tempo e muito menos paciência
para revisar todos os textos.
sábado, 30 de março de 2013
No vai e vem do amor.
Não há
dor pior do que amar alguém que não sente o mesmo.
Palavras
não podem e não irão conseguir expressar o que sinto quando te vejo com outro,
quando você não fala comigo ou apenas se esquece, quando fica indiferente
comigo, quando eu olho para você e você simplesmente desvia o olhar para o
outro lado, fingindo que não me vê.
Tento
manter esses sentimentos aqui dentro, pois não consigo colocá-los para fora,
com medo de não ser correspondido. É difícil, mas só pelo fato de relembrar os
momentos que tivemos, onde ficávamos conversando durante horas e horas, sem nos
preocupar com o tempo, com nada.
Dicionário do amor.
É
impossível descrever o que sinto por você, e sei que, mesmo se eu tentasse, não
conseguiria pelo simples fato de o que sinto por você não tem palavras. Parece
clichê, mas é verdade, até por que sou um rio de sentimentos clichês ambulantes.
Mesmo não
tendo você aqui por perto, cogito a possibilidade de que todos os meus sonhos,
com você, se tornem realidade e eu possa ser, realmente, feliz.
Mesmo que
o acaso me deixe longe de ti, ou que alguém te tenha, só espero que você possa
ser feliz, espero que esse alguém possa te fazer feliz como eu o faria se
estivesse junto à você.
“O amor significava
pensar mais na felicidade da outra pessoa do que na própria, não importa o quão
doloroso seja sua escolha.” E isso traduz em perfeita escala o real significado
de amor.
Um caminho até você.
Passei
pela sua casa ontem.
Eu estava
em um estado de semi-transe, vagando pelas ruas sem nenhum propósito real, só
queria caminhar e sair de toda aquela confusão que havia em minha cabeça quando
te via. Foi na verdade mais um momento de solidão, no qual eu realmente
precisava, afinal aquele seu sorriso que me proporcionava tanta alegria, estava
me matando lentamente.
Demorei
um pouco até chegar na sua casa, e quando o fiz, fiquei até meio que surpreso.
Não sabia que meu cérebro me levaria até lá, na verdade, não acho que foi meu
cérebro, provável que tenha sido meu coração novamente me dizendo que a saudade
já estava começando a falar mais alto do que o meu orgulho.
Não sei
por que ainda estou nisso. Me machucaste tanto quando eu te amava e só queria o
melhor para você e mesmo assim parece que meu coração não entende isso. Parece
que ele ainda sente algo por você, as lembranças que você deixara estão
começando a fazer enormes cicatrizes em mim, e eu já não estou conseguindo
aguentar mais.
É difícil
resistir ao seu sorriso. Quando você o faz, parece que nada em nossa volta
importa mais, como uma lua cheia em um céu sem estrelas. Apesar de toda a minha
dor, parte de mim ainda tem uma esperança de tudo aquilo voltar, tudo de
maravilhoso que passamos.
Afogado em afagos.
Tentar
não me importar já faz parte da minha rotina. Pena que na maioria das vezes ela
falha. Posso ser taxado de ingênuo ou coisa do tipo, mas o problema não é
comigo. É com você. É você que tem esse cabelo lindo cheirando a mel, é você
que tem esse sorriso que me derrete por inteiro literalmente, é você que tem
esses olhos marrom claros penetrantes que me fazem enxergar um novo mundo, é
você que tem esse jeito só seu de ser mas que me agrada de todas as maneiras
possíveis. A lista continua, eu poderia ficar aqui por horas falando sobre os
seus realces mas acho que você já sabe muito bem do que se trata.
Tanto faz
se você me ama ou não, não estou pedindo para você me amar ou coisa do tipo. Eu
te amo por que quero e não por que tenho que te amar, apesar de que te amar é a
única coisa possível quando se trata de você. O dia dos namorados está
chegando, venho tentando conseguir fazer você perceber que eu quero estar
contigo nessa data, mas estou perdendo meu fôlego cada vez mais. Talvez seja melhor parar.
Eu amo você.
Eu amo
andar com você na rua, eu amo a careta que você faz quando fica encabulada, eu
amo o modo de como você ajeita o seu cabelo, eu amo o modo de como você me faz
querer te beijar à cada segundo, eu amo aquele seu sinalzinho na sua bochecha,
eu amo você gostar das músicas que eu gosto, eu amo ficar olhando para você
como se nada em volta importasse mais, eu amo ficar de mãos dadas com você, eu
amo o fato de pensar em você o dia todo, eu amo o jeito como você fica
iluminada à luz do sol, eu amo quando você me manda uma mensagem inesperada, eu
amo ficar cara-a-cara com você, eu amo a risada que você tem quando eu conto
uma piada sem graça, eu amo sentar ao seu lado e cheirar o seu perfume, eu amo
pensar na ideia de que um dia nós possamos estar lado-a-lado no altar segurando
nossas mãos, eu amo te amar.
Sentimentos silenciosos.
Eu me
perguntava se algum dia toda aquela dor iria passar, me perguntava se um dia
poderia ser feliz novamente ao lado de quem eu amava, me perguntava se eu
acharia esse alguém, me perguntava se teria aquela sensação que você tem quando
está abraçado com alguém que você ama, me perguntava se… Aí você apareceu.
Sinceramente
eu não esperava, não esperava que iria te querer tanto ao meu lado a cada
momento da minha vida. Talvez fosse o destino, quem sabe? A única coisa que eu
sei é que todos os únicos momentos que passo com você duram para sempre em meus
sonhos. E esses sim, fazem eu ter vontade de acordar e sair da cama, por que
sei que eu vou te encontrar e, quando eu te encontrar, farei para que tudo
dure.
Não é muita coisa eu
sei, os textos que eu imagino na minha mente as vezes não transcrevem para cá.
Mas isso não quer dizer que eu não sinta muita coisa por você, por que eu
sinto. E toda vez que eu olho para a lua, esteja ela cheia ou não, me lembro
disso.
Restos de uma alma.
Eu
realmente não sei o que estou sentindo. É a primeira vez que me sinto assim,
sozinho, sem ninguém se importando, sem ninguém me dizendo o que fazer em
determinada situação… Provavelmente eu fiz isso comigo mesmo, criei essa
barreira que até hoje está de pé entre as pessoas e eu, com medo de que alguém
ultrapasse essa barreira e possa me tocar.
Eu fiz
essa barreira depois que você me deixou. Me deixou desamparado, sem rumo, sem
um coração.
A vida me ensinou que
nada é o que parece, você pode estar feliz agora e extremamente triste no outro
segundo. Tudo pode mudar. E eu aprendi isso da pior maneira, acreditei que tudo
estava indo bem, sem nada para me impedir de ser feliz ou de amá-la
incondicionalmente, como eu sempre fazia. Porém, as coisas mudaram. E eu
mergulhei em um mundo em que somente eu existia, nada nem ninguém, somente eu e
os meus pensamentos, fugindo de alguma coisa que me perseguia. Talvez fosse a
dor de ter o meu coração partido em milhões de pedacinhos, coisa que eu achava
que você não iria fazer em hipótese alguma comigo.
Eu tinha
te esquecido, ou pelo menos me forçava a acreditar nisso. Era preciso. Não
podia mais deixar todo aquele sofrimento tomar conta de mim. Não podia mais
deixar aquela saudade do seu abraço, das suas risadas, da sua mão apertando a
minha... Mas aí, você apareceu de novo. Apareceu como se nada houvesse
acontecido, como se nada tivesse sido quebrado, como se nada tivesse mudado. E
eu adorei. Mas… algo estava faltando, não sei se era paranoia minha ou se eu
realmente tinha um vazio que não podia mais ser preenchido. Só sei que as
coisas não eram como antes.
Agora eu
tentava me aproximar de você, tentava reviver todos aqueles gloriosos dias,
aqueles dias em que eu dormia e acordava com um enorme sorriso estampado no
rosto, aqueles dias em que nada me importava, só você. E caralho, como eu sinto
falta daqueles dias.
Você me
fazia sentir algo que eu acreditava não ser possível, um sentimento que não tem
descrição, eu somente sentia. Era ótimo. Ah e como era. Porém, tudo isso tinha
chegado ao fim, nossos caminhos agora seguiam rumos diferentes. Eu agora,
tentaria te esquecer com todas as minhas forças, tentaria te odiar para o resto
da minha vida, tentaria achar alguém que realmente me amasse.
Mas eu não consigo te
tirar da minha cabeça.
Perdido no mundo.
Eu não me
via assim fazia muito tempo. Sem nenhuma expectativa, sem nenhum sonho e,
principalmente, sem nenhuma crença de aquilo iria melhorar.
Na minha
cabeça se passavam milhares de coisas, todas aleatórias e sem sentido algum,
claro. Por mais que eu tentasse entendê-las eu sempre falhava. Sempre havia
pensado que acharia alguém que me completasse por inteiro, que me entendesse
simplesmente pelo modo de como eu a olhasse, aonde eu pudesse realmente viver
sem nenhum arrependimento ou sem pensar na então famosa frase: “E se?”. Sonhos,
simplesmente sonhos.
Talvez
agora eu já não acredite mais em histórias com finais felizes, todas nas quais
eu tentei interpretar eu sempre saia atormentado ou me perguntava o que eu
havia feito de errado. E a culpa nem era minha. Eu, que sempre tentei ser a
pessoa mais carinhosa possível, me martirizava por saber que tudo o que eu
fazia não era o suficiente, me martirizava pelo simples fato de tudo o que eu
acreditava não passar de uma completa mentira.
Forças pra seguir.
Sem você
aqui tudo fica mais difícil. Eu não vejo mais nenhuma razão para levantar da
cama e continuar a não ser você. Sempre custo a dormir pensando no que você
está fazendo, com quem está, se está bem e, principalmente, se está pensando em
mim tanto quanto eu penso em você. E quando eu não falo com você durante algum
tempo, mesmo que seja por algumas horas? Fica um vazio aqui, sabe? Um vazio que
cada vez mais está crescendo, mesmo que eu esteja lutando todos os dias para
que isso não aconteça, mas pareça que tudo está conspirando contra mim, ou
melhor, contra nós, até mesmo você está.
Sabe
quando eu disse que não iria desistir de você? Então, eu não menti. Não vou
desistir de você, mesmo que todo o mundo me dê motivos para tal, mesmo que eu
morra tentando. Saiba que quando der uma hora igual, eu sempre vou estar
pensando em você, ou melhor, vou estar pensando em nós, juntos.
Caralho.
Ontem eu
me peguei pensando em ti, sentado na varanda, curtindo a brisa que fazia
naquela madrugada nublada e fria. Sei lá, eu só sentei e fiquei olhando as
nuvens passarem, sem nenhum objetivo concreto, só observar. Confesso que chegou
uma hora em que comecei a relembrar os nossos momentos, sim, aqueles momentos
em que tanto fazíamos questão de prometer um ao outro de não serem esquecidos.
Parece que só eu estou cumprindo a promessa.
E lá
estava eu, me sentindo mal por tudo ter acabado, sem mais nem menos. Caralho,
que saudade de poder te beijar, te abraçar, te cheirar, te ver sorrindo sem
nenhum motivo. Agora, antes de eu fazer essas coisas, precisava ponderar se
isso era certo ou errado, se aquilo iria me fazer bem ou mal. É claro que o seu
sorriso não podia me fazer mal algum, mas o fato de eu saber que aquele sorriso
não estava mais lá por mim me corroía por dentro, desgastava todas as minhas forças
que me impediam de te esquecer. E de certa forma eu sabia disso, sabia que você
não iria voltar ou que tudo iria ser como era antes. Mas nem por isso eu
deixava de esperar. Tolo, eu sei.
Mundos paralelos.
Você deve
pensar que eu não ligo para você. Pelo contrário, eu me importo até demais com
você. E é exatamente isso que está me matando, por que você não percebe. Não
percebe ou finge não perceber. E, quer saber? Estou realmente cansado disso
tudo. Cansado de ter que implorar para você pensar em mim, já que eu penso em você
a todo instante, cansado de ter que levantar as paredes da nossa casa que todo
dia caem e você nem faz questão de me ajudar.
Eu já
tinha pensado em um futuro perfeito para nós dois, uma casa - já que você
detesta apartamentos - um pouco afastada da cidade. Todos os dias pela manhã
iríamos demorar para levantar, até que um levantasse e puxasse o outro, comigo
resmungando. Você, iria normalmente fazer o meu café-da-manhã preferido: ovos
mexidos com bacon. Eu estaria na mesa da cozinha, lendo o jornal e te
esperando. Você iria me surpreender e me agarraria por trás de mim, me
beijando. E eu beijaria de volta, é claro. Ficaríamos agarrados até perceber
que os dois estariam atrasados para o trabalho, e iríamos nos arrumar depressa.
Quando chegássemos no seu trabalho, eu iria te dar um beijo de despedida, mas
eu não iria te deixar ir. Você iria me empurrar, eu te puxaria de volta. Até
que, algum carro buzinasse e eu finalmente te deixasse ir. Mas antes, eu iria
sair do cair e te dar um abraço longo e apertado, para você saber que eu sempre
estaria pensando em você. Eu iria sair dali com um aperto no coração, ver a
mulher da minha vida saindo do meu lado não era algo que eu apreciasse, mesmo
que ela só estivesse indo para o trabalho.
Eu iria
te buscar quando seu expediente acabasse. Você estaria sentada no banco, me
esperando. Eu iria abrir a porta para você, te daria um beijo e te empurraria
para dentro do carro. Você, é claro, ficaria zangada comigo, mas logo depois
iria rir, e a sua risada faria o meu dia de uma forma inexplicável. Chegando em
casa, eu trancaria a porta do carro, te agarraria e começaria a fazer cócegas
em você, que iria se rebater até que eu parasse. Eventualmente eu iria parar,
mas não sem antes arrancar grandes sorrisos seus. Você iria direto para o
chuveiro quando chegasse em casa, passando aquele perfume que eu gosto. Eu iria
me deitar e te esperar, banho só amanhã de manhã. Você iria reclamar, como
sempre, mas acabaria deitando. Iríamos dizer boa noite um ao outro, um eu te
amo e um longo beijo. Você iria dormir em meus braços. Eu, pegaria no sono um
pouco depois de você, ficaria mexendo no seu cabelo, enrolando-o com o meu dedo
e me sentindo sortudo por ter você comigo.
Fuck todo mundo.
Fuck me.
Fuck me for being emotive as hell, fuck me
for always caring about little things, fuck me for expect too much, fuck me for
believing that we could work out, fuck me for thinking that everything was
okay, fuck me for enjoying you playing with my fingers, fuck me for always
falling in love with the wrong person, fuck me for remembering us when a love
song comes out, fuck me for being dumb, fuck me for remembering you when a full
moon lights up the sky, fuck me for saying good night to you everyday.
Fuck you.
Fuck you for ignoring me all the time, fuck
you for acting indifferent with me, fuck you for giving me nothing but suffer,
fuck you for being so gorgeous, fuck you for liking the same bands that I do,
fuck you for playing with my fingers, fuck you for biting my lips so damn nice,
fuck you for giving me an unforgettable kiss, fuck you for always making me
want you, fuck you for being so lovely, fuck you giving me such hope that we
could work out, fuck you for not responding my good nights.
Confissão.
Apesar de
ter te conhecido há algum tempo, onde a minha inocência juvenil estava no auge,
nunca pensei ou simplesmente cogitei que hoje teríamos tanta história para
contar. Sei lá, não parecia que teríamos uma amizade tão forte capaz de poder
virar outra coisa, capaz de avançar para o outro nível.
Mas quer
saber? Na verdade eu estava com medo. Medo de isso não dar certo e acabarmos
por virar completos estranhos um para o outro. E eu estava certo em ter esse
medo, não estava? Olhe aonde fomos parar: de amigos inseparáveis a dois simples
conhecidos, sem nenhum tipo de relação. Porra, como eu sinto falta de poder te
abraçar sem receio nenhum, sem ter medo do que aquilo poderia acabar virando.
De ficar olhando para o seu sorriso por horas e horas, sem nenhum objetivo
concreto, só olhar aquele estonteante sorriso.
É claro
que eu não me arrependo de ter passado com você todos aqueles momentos, muito
pelo contrário. Faço o máximo para guardar cada momento que passei com você
aqui na minha tão congestionada memória. Aqueles nossos longos abraços, aquelas
mordidas que você dava nos meus lábios, aquelas idas a rua de mãos dadas… Nada
vai ficar esquecido, nada.
Não sei se eu
soubesse antes no que tudo isso ia dar, ainda sim escolheria seguir em frente.
Se bem que eu simplesmente não me vejo sem você. É, definitivamente eu
continuaria do mesmo jeito, mesmo que eu soubesse de todo o sofrimento que eu
ia passar quando você fosse embora, eu não me arrependeria e nem me arrependo.
Sinto
saudade pra caralho de você. Nunca duvide disso.
Onde estamos?
Acho que
não consigo mais distinguir realidade de um simples sonho. Uma hora estou no
conforto da minha cama, imaginando, não, recordando aquelas belíssimas noites
em que eu e você parecíamos não ter ciência de que o mundo ao nosso redor
continuava. Na verdade, eu não posso jogar essa culpa para nenhum dos dois, até
por que eu realmente gostava de passar aquele tempo com você. Porra, era
simplesmente maravilhoso ficar te olhando sem nenhum objetivo concreto até que
você ficava sem graça e me beijava, ou até que eu simplesmente decidia que os
seus lábios haviam passado tempo de mais longe dos meus.
E, no
minuto seguinte, estou de volta ao mundo tedioso de sempre. Onde você não está
do meu lado, muito pelo contrário, está com um estranho no qual eu sempre
esqueço o nome. Não por um possível lapso de memória, mas por que eu tenho que
esquecer ou vou lembrar dele para o resto da minha vida como o cara que roubou
a mulher dos meus sonhos de mim. Pensando bem, ele não te roubou de mim. Você
escapou. Você fugiu.
O bobo da corte.
E lá vai
você de novo, com esse papo de eu e você. Por que tens tanto êxito em me
confundir, garota? Será que é porque eu te amo? Ou será que é porque você gosta
de me ver sofrer?
Já te
saquei, garota. Quando cansas de alguém, vai falar com outra pessoa. Tem amigos
de sobra para isso, não é? Não cansas de ser tão assim, amigável com todos?
Quer dizer, está mais para interesseira do que qualquer coisa. Se não tivesse
tantos amigos assim, o que farias? Leria o seu fiel livro que sempre trazes na
mochila para essas situações?
Ainda
reclamas de mim, que sou o que sou. Já tinha te avisado, menina: não sou de
ficar socializando com todo mundo não. Tenho meu mundinho próprio e escolho bem
que entra nele. Agora vens falar isso e aquilo, que te ignoro. Como vou te
ignorar, oras? Você podia falar que eu ignoro mundo, mas você não. Você é você.
A garota das garotas. A garota que consegue me fazer mais tolo a cada dia.
Escolha ai um desses clichês românticos, parecem ter todos sido criados para
você. Na verdade, você nem pediu para entrar no meu mundinho, não é? Saiu
chutando a porta sem dó nenhuma. Não te culpo tanto assim, afinal. O culpado
fui eu de ter te deixado entrar assim, sem permissão. Mas o que posso fazer?
Esse sou eu: um grande babaca, com um coração mais babaca ainda.
Uma breve passagem.
Esse seu
cheirinho tão doce de canela espalhado pelas minhas roupas. Deve ter sido na
hora que deitastes em meu ombro.
Esparramada
pelo chão, tu sentavas ao meu lado. Tinha aquele olhar de observadora, vendo o
filme sem ligar para ninguém, nem mesmo para mim. Seu fiel companheiro, o
chocolate, estava ao seu lado, como se estivesse pronto para ser devorado por
aquele seu apetite peculiar. Sempre fora assim, uma chocólatra nata, porém com
um corpo perfeitamente curvado, parecendo um violão.
Às vezes se virava
para mim, me perguntando coisas aleatórias, como que tal personagem se parecia
comigo, e vice-versa. Até me contemplava com alguns meio-sorrisos devido a
madrugada fria e sonolenta. Mesmo assim, continuavam perfeitos. A sua covinha ainda
era bem visível, tal como o som da sua risada ainda soava magnificamente bem
para meus ouvidos.
Até que,
sem mais nem menos, você se deitou em meu ombro. Juro para você, menina, o
mundo pareceu girar um pouco mais lento do que o normal naquele momento. Senti
uma vontade súbita de abaixar a minha cabeça e te roubar um beijo. Não. Me
proibi de pensar coisas relacionadas a nós dois há um tempo atrás, quando
aprendi da maneira mais difícil que temos opiniões extremamente diferentes um
do outro.
E assim
fiquei, com a sua cabeça apoiada em mim, não prestando atenção em mais nada, a
não ser você. Não tinha outros objetivos, não tinha outras metas. Só queria que
aquele momento durasse.
Dúvida.
Talvez
tudo tenha se perdido, talvez nem eu nem você nos conheçamos mais. Ou até mesmo
virados apenas mais dois solitários nesse mundo. E pensar que a questão do
“inseparáveis” estava bem implícita para nós dois. Querendo ou não, algo dentro
de mim sabia no que daria aquilo tudo, apesar de eu lutar com todas as minhas
forças para que isso não acontecesse. Mas acabou por acontecer, não é? Numa
manhã, eu tinha você em meus braços, cheirando o seu odor natural e saboreando
seus doces lábios. Na outra, você tinha sumido. Sumido não, me deixado de lado.
É claro que fiquei aborrecido com aquilo. Será que eu não merecia nem um adeus?
Depois de tudo o que passamos, eu não merecia um simples beijo de despedida?
Que coisa mais cruel de se fazer. Acabei por me conformar um tempo depois. Ou
era isso ou ficar me lamentando por sua partida até o fim dos tempos.
E agora
vem você aí, como todo esse papo de nós dois de novo. Que confusão que você me
colocou, menina! Numa hora me ama, me quer. Na outra não quer nem saber de mim!
Decida-se, oras! Estou ficando velho demais para esses seus jogos doentios. Não
posso me dar ao luxo de enfraquecer ainda mais esse meu coração velho com mais
decepções. Nem pensar! E então, o que vai ser? Você vai, ou fica?
Gosto peculiar.
A chuva,
inimiga para muitos, é minha amiga. Não reclama quando conto meus problemas e
também não fica falando sem parar. Ela só fica lá, escutando. No calor, te
refresca. No frio, te faz pensar. Tem alguma coisa ai nessa tal de chuva. Não
sei o que é. Ficar andando na chuva tem um quê de bom. Te leva a alma, expulsa
tudo aquilo que te preocupa. E quando você tá mal, você pode chorar à vontade
quando tá chovendo. Ninguém vai perceber, ninguém vai notar. E quanto mais eu
ando na chuva, mas eu quero me molhar. Sei sim que posso pegar um resfriado ou
coisa do tipo, mas não me incomodo. Não me incomodo em ficar andando pelas ruas
numa noite chuvosa, sem arrependimentos e sem receios. Não é por quê a chuva é
molhada que ela só vai te molhar. Ela faz mais que isso. A chuva te liberta, te
transforma. Mas para isso tudo, você tem que guardar esse rancor de chegar em
casa encharcado.
Estória mal contada.
Tínhamos
comemorado o seu aniversário em sua casa, uns 40 minutos de distância da minha.
Não era muito longe, até por que eu iria até o fim do mundo por ela, mas a
distância ainda assim me incomodava. Ter que vê-la somente uma vez por semana
não estava nos meus planos, e às vezes colocava todos os meus sentimentos ao
limite. De qualquer maneira, a festa tinha sido boa. Ela havia chamado algumas
de suas amigas para comemorar os seus dezesseis anos. Passamos uma boa parte da
festa na piscina e comendo carne do churrasco. E sim, ela só comia pão de alho.
A piscina
era grande se comparada a maioria das piscinas que eu já tinha visto,
principalmente para uma casa. Ela mal conseguia ficar de pé na parte rasa,
enquanto eu conseguia ia até o fundo sem tirar meus pés do chão. Sempre que eu
achava graça disso, ela logo me mandava parar, daquele jeito dócil dela. Com o
sol queimando sobre nossas cabeças, peguei o protetor solar para passar ao
menos no seu rosto, já que ela não queria passar no resto do corpo. Ao sambar
meus dedos em sua face, tive uma sensação formidável. Ao olhar aquela cena, me
imaginei com ela daqui a 20 anos. Casados, desfrutando das nossas férias e
agindo como duas crianças que ainda seríamos. Confesso que mal pude esconder
meu sorriso ao pensar nisso.
Nisso, algumas
músicas tocavam ao fundo. Nas palavras dela, ela havia colocado “Hey there Delilah” na seleção de músicas
dela só por minha causa. Fiquei imaginando o porquê. Logo me veio a letra da
música. “Don’t you worry about the distance”,
uma coisa que se encaixava perfeitamente na situação. Toda vez que eu escutava
essa música, me lembrava dela, e aí era uma sucessão de flashes. Seu sorriso, o
som da sua risada, o seu olhar verde azulado… tudo. Que nostalgia, eu pensava.
Com o dia
chegando no final, os convidados já tinham ido embora. E eu também teria que ir
logo. Sentado na beira da piscina, com os dedos dela entrelaçados nos meus, me
encontrei vasculhando a minha mente. Como seria esse ano? Teríamos força para
aguentar tudo? Toda vez que eu olhava para ela, eu dizia sim para mim mesmo. Eu
queria ter certeza de que isso aconteceria, mas eu não posso prever o futuro.
Não sei o que o destino guarda para nós, mas vou dar o meu máximo para que seja
belo e feliz. Isso, ao menos, estava claro, mesmo que diversas coisas
conspirassem contra nós.
Estava na
hora de voltar para casa. Com ela se preocupando cada vez mais com a minha
volta, e me perguntando de cinco em cinco minutos, decidir ir de uma vez, mesmo
que eu não quisesse. Por mim, eu ficaria ali com ela durante anos, sem nem
mesmo sair do lugar, só com ela ali do meu lado, segurando a minha mão.
Contudo, nem tudo na vida se consegue.
Saindo de
sua casa, parei antes das escadas. Ela estava segurando o portão, para que ele
não fechasse. Me voltei para ela e dei um beijo de despedida. Durara muito
menos do que eu queria, mas me conformei. Ao descer a ladeira de sua casa,
parei repentinamente. Me virei. Caminhei até ela dizendo: “Esqueci uma coisa”,
como se eu fosse pegar alguma coisa na casa. Era mentira. Eu não tinha
esquecido de nada lá. Só queria dar outro beijo nela, e saciar mais um pouco do
meu desejo. Assim que o fiz, notei o quanto ela tinha ficado vermelha. Era uma
característica dela, ficar vermelha quando tivesse vergonha. Eu brincava
dizendo que ela parecia com um pequeno tomatinho. O meu pequeno tomatinho.Onde está você?
Escrevo
isso com uma tremenda dor de cabeça que insiste em não ir embora. Já faz algum
tempo que você disse que ia me ligar. Três horas, na verdade. Nem sei por que
estou esperando ao certo, na maioria das vezes você não liga. Cadê você? Está
ali? Está aqui? Está se escondendo para me dar um susto? Onde está você? Nessa
madrugada fria, eu me aconchego com meu edredom na cadeira da varanda. Não
tenho sono e nem muito menos vontade de ir pra cama. Tô preocupado com você.
Sei que sou um baita de um paranoico, mas esse sou eu: me importo com coisinhas
minúsculas, que não tem importância para ninguém. Duas horas da manhã. Resolvi
te ligar, apesar de eu saber o que vai acontecer. Cinco toques, caixa postal.
Ainda nada. Será que já foi dormir? Provavelmente. O que estou fazendo, enfim?
Já devia estar na cama há um bom tempo, sonhando no dia em que nos veríamos
novamente. Essa distância consegue acabar comigo toda vez que aparece. Nunca
estou preparado, sempre sou pego de surpresa por esse maldito fantasma. Vou
mandar uma mensagem, só pra ter certeza. “Já está dormindo, amor? Se ainda não
estiver, me dá um toque. Tô com saudades. Te amo.” Deito na cama sem sono e
coloco o celular debaixo do travesseiro. Vai que ela me liga. Respiro
profundamente e fecho os olhos. Ainda estou preocupado com você. Amanhã espero
ter notícias suas. Espero.
Quero.
Old times.
Olho para
trás e começo a reviver aqueles tempos - ah, e que tempos! Foram tantas coisas
para estarmos hoje resumidos à esse mal-estar que não termina nunca. Ouvi dizer
que a culpa é minha. Sempre é. Quanto mais tento ser feliz, mais fico longe
desse meu sonho utópico. Nem sei mais o que é ter um mês sem brigas ou
discussões com você, isso quando eu consigo te ver, pelo menos, um dia na
semana. Às vezes nem isso. Às vezes fico aqui, esperando e esperando, até o dia
em que eu finalmente vou te ver. Não te vi essa semana, quiçá te verei na
próxima, mesmo que o nosso aniversário esteja chegando. Odeio isso tudo, na
verdade. Odeio te ter tão perto e tão longe, ao mesmo tempo. Odeio ser
tão paranoico com coisas tão banais.
Me
conforto lendo as suas cartas e mensagens antigas. Sei lá, sinto aqui você
pertinho de mim, mesmo que não queira. Dá uma saudade, sabe? Uma nostalgia
daquilo que nós dois já fomos: dois adolescentes apaixonados e sem problema. O
destino fez com que você fizesse parte do meu futuro e eu simplesmente não me
arrependo. Quanto tempo isso vai durar? Não sei te dizer, pequena. Por mim,
duraríamos enquanto nossas almas vivessem, mas ambos sabemos que o pra sempre
não existe. Quer saber? Esqueça o pra sempre. Vivamos o aqui e o agora. Eu e
você. Juntos. Nós. Sem complicações, sem desconfianças, sem nada.
Quote, One tree hill, season 8, episode We All Fall Down.
”- Because
it’s… It’s sort of everything, and it’s nothing. I mean, when I think of my
life and who I am… I guess I’m just struggling to believe in it all, you know?
That good things will happen to good people, that things will work out, that it
gets better.
- We all
struggle. It’s part of life. It’s part of living. Do you have anybody that can
help you while you struggle?
- No. And that’s the worst part — the
loneliness. A crushing, black loneliness that makes me feel like — like there’s
no magic left in the world.
- I know the future is scary. I know the
world can be threatening. But you should know that sometimes when things seem
most the desperate, people find you. Help is out there. And you are not alone.”
Dear Destiny,
Alô você
aí, que faz o meu destino, tem como dar uma caprichada nele não? Pô, só tô
pedindo um trégua, um tempinho pra colocar a minha cabeça no lugar, uma
felicidadezinha, quem sabe? Não teria como deixar as coisas mais difíceis pra
mais tarde? Depois pode mandar tudo de uma vez, com tu sempre fazes. Até por
que, uma hora ou outra, vou ter que encarar a realidade, né verdade? É que eu
cansei dela, sabe? Tô querendo um pouco de sonho, um pouquinho de romance de
filme. Ainda bem que eu posso sonhar enquanto durmo, senão eu tava ferrado. Mas
não demora não, hein! O cansaço já tá me vencendo.
Acho que eu daria um bom ator.
Não no
sentido de pessoa conversativa, mas de dramática mesmo. Meu cérebro, por
exemplo, adora me fazer lembrar de coisas que eu resolvi deixar trancado em
alguma parte do meu subconsciente. É o meu pior problema, ao meu ver. E eu não
tenho nenhum controle sobre isso. Pode acontecer a qualquer hora, em qualquer
lugar, mas observei que ocorre principalmente quando minha mente anseia em
pensar, como quando estou sentado na varanda, olhando para o nada. De repente,
vem o pensamento, a lembrança, qualquer coisa do que eu escolhi, por vontade
própria, esquecer. Mas, que posso fazer? Estou à mercê de mim mesmo. Já tentei
me conformar, pensar em outra coisa e até mesmo mudar a minha rotina. Nada deu
certo. O mais próximo do sucesso que consegui foi ao escrever isso, que ao
menos me alivia. Às vezes me pergunto se sou o único que se sente assim,
angustiado e traído pela própria mente, ou se mais alguém divide tal façanha.
Não desejo isso a ninguém, mas seria bom conhecer alguém com os mesmos
problemas psicológicos que tanto me afligem e, quiçá, até uma solução para tais.
Fulfilled with.
And, after all, I was nothing but sadness.
Running in circles into a vague and lonely path. Darkness can be deceiving
while trying to invite you in. It comes when there is no hope, no happiness and
even no love.
I was once deceived. Since that time, I couldn’t get out. It came in one of the worst nights I have ever lived. I couldn’t reject or run away. I wanted to feel it, embracing my soul and consuming it. I was nothing but darkness itself. All my expectations, future, feelings… they were as blurry as my mother’s vision. I would be lying if I said that darkness isn’t with me. The darkness belong to me as I belong to it. It’s kind of a deal, though. I offer my existence, and I live completely meaningless, without any worries and stuff.
Why? I thought it was better then living my life as it was. I still do. It’s part of me, now. And I have got nothing to complain about.
I was once deceived. Since that time, I couldn’t get out. It came in one of the worst nights I have ever lived. I couldn’t reject or run away. I wanted to feel it, embracing my soul and consuming it. I was nothing but darkness itself. All my expectations, future, feelings… they were as blurry as my mother’s vision. I would be lying if I said that darkness isn’t with me. The darkness belong to me as I belong to it. It’s kind of a deal, though. I offer my existence, and I live completely meaningless, without any worries and stuff.
Why? I thought it was better then living my life as it was. I still do. It’s part of me, now. And I have got nothing to complain about.
My Dearest,
Mesmo com
todo o tempo, o tempo todo suas palavras ainda me traziam aconchego. Chega. Não
fora minha vontade perdida, realidade quebrada ou esperanças ao chão que
fizeram de você mais uma lembrança. Não.
Quem me
dera poder brincar com o tempo. Até quando? Fora somente você. Oh, você! Não se
faça de tola, menina! Você sempre terá seus garranchos na capa do meu livro.
Contudo, menina, eu não vivo mais no passado. Hoje, tenho minhas manias
renovadas. Sou um completo estranho. Não, não estou falando da minha aparência
- apesar de ter ingerido alguns quilos a mais. Alguns dias de academia
resolvem.
Falo,
então, do modo como vejo as coisas. Tudo. A vida, a rua, a chuva... E com isso,
menina, o seu olhar.
Aquele olhar!
Mudou.
Mudei.
Mudamos.
E todo
aquele clichê fora embora. Tinha partido do meu sistema, logo depois de você.
As rosas tinham morrido. Os ingressos de cinema, perdidos. Os presentes,
escondidos. As cartas, rasgadas. Tudo o que lembrava você, lentamente, começava
a se esvair. Algumas músicas ainda perpetuavam em minha memória. Os rádios se
tornavam meus piores inimigos. Porém, como tudo nessa vida, as músicas também
tinham um final. E essa, oh
menina, tinha chegado ao final.
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