sábado, 30 de março de 2013

O bobo da corte.

E lá vai você de novo, com esse papo de eu e você. Por que tens tanto êxito em me confundir, garota? Será que é porque eu te amo? Ou será que é porque você gosta de me ver sofrer?
Já te saquei, garota. Quando cansas de alguém, vai falar com outra pessoa. Tem amigos de sobra para isso, não é? Não cansas de ser tão assim, amigável com todos? Quer dizer, está mais para interesseira do que qualquer coisa. Se não tivesse tantos amigos assim, o que farias? Leria o seu fiel livro que sempre trazes na mochila para essas situações?
Ainda reclamas de mim, que sou o que sou. Já tinha te avisado, menina: não sou de ficar socializando com todo mundo não. Tenho meu mundinho próprio e escolho bem que entra nele. Agora vens falar isso e aquilo, que te ignoro. Como vou te ignorar, oras? Você podia falar que eu ignoro mundo, mas você não. Você é você. A garota das garotas. A garota que consegue me fazer mais tolo a cada dia. Escolha ai um desses clichês românticos, parecem ter todos sido criados para você. Na verdade, você nem pediu para entrar no meu mundinho, não é? Saiu chutando a porta sem dó nenhuma. Não te culpo tanto assim, afinal. O culpado fui eu de ter te deixado entrar assim, sem permissão. Mas o que posso fazer? Esse sou eu: um grande babaca, com um coração mais babaca ainda.

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