E lá vai
você de novo, com esse papo de eu e você. Por que tens tanto êxito em me
confundir, garota? Será que é porque eu te amo? Ou será que é porque você gosta
de me ver sofrer?
Já te
saquei, garota. Quando cansas de alguém, vai falar com outra pessoa. Tem amigos
de sobra para isso, não é? Não cansas de ser tão assim, amigável com todos?
Quer dizer, está mais para interesseira do que qualquer coisa. Se não tivesse
tantos amigos assim, o que farias? Leria o seu fiel livro que sempre trazes na
mochila para essas situações?
Ainda
reclamas de mim, que sou o que sou. Já tinha te avisado, menina: não sou de
ficar socializando com todo mundo não. Tenho meu mundinho próprio e escolho bem
que entra nele. Agora vens falar isso e aquilo, que te ignoro. Como vou te
ignorar, oras? Você podia falar que eu ignoro mundo, mas você não. Você é você.
A garota das garotas. A garota que consegue me fazer mais tolo a cada dia.
Escolha ai um desses clichês românticos, parecem ter todos sido criados para
você. Na verdade, você nem pediu para entrar no meu mundinho, não é? Saiu
chutando a porta sem dó nenhuma. Não te culpo tanto assim, afinal. O culpado
fui eu de ter te deixado entrar assim, sem permissão. Mas o que posso fazer?
Esse sou eu: um grande babaca, com um coração mais babaca ainda.
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