Olho para
trás e começo a reviver aqueles tempos - ah, e que tempos! Foram tantas coisas
para estarmos hoje resumidos à esse mal-estar que não termina nunca. Ouvi dizer
que a culpa é minha. Sempre é. Quanto mais tento ser feliz, mais fico longe
desse meu sonho utópico. Nem sei mais o que é ter um mês sem brigas ou
discussões com você, isso quando eu consigo te ver, pelo menos, um dia na
semana. Às vezes nem isso. Às vezes fico aqui, esperando e esperando, até o dia
em que eu finalmente vou te ver. Não te vi essa semana, quiçá te verei na
próxima, mesmo que o nosso aniversário esteja chegando. Odeio isso tudo, na
verdade. Odeio te ter tão perto e tão longe, ao mesmo tempo. Odeio ser
tão paranoico com coisas tão banais.
Me
conforto lendo as suas cartas e mensagens antigas. Sei lá, sinto aqui você
pertinho de mim, mesmo que não queira. Dá uma saudade, sabe? Uma nostalgia
daquilo que nós dois já fomos: dois adolescentes apaixonados e sem problema. O
destino fez com que você fizesse parte do meu futuro e eu simplesmente não me
arrependo. Quanto tempo isso vai durar? Não sei te dizer, pequena. Por mim,
duraríamos enquanto nossas almas vivessem, mas ambos sabemos que o pra sempre
não existe. Quer saber? Esqueça o pra sempre. Vivamos o aqui e o agora. Eu e
você. Juntos. Nós. Sem complicações, sem desconfianças, sem nada.
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