Talvez
tudo tenha se perdido, talvez nem eu nem você nos conheçamos mais. Ou até mesmo
virados apenas mais dois solitários nesse mundo. E pensar que a questão do
“inseparáveis” estava bem implícita para nós dois. Querendo ou não, algo dentro
de mim sabia no que daria aquilo tudo, apesar de eu lutar com todas as minhas
forças para que isso não acontecesse. Mas acabou por acontecer, não é? Numa
manhã, eu tinha você em meus braços, cheirando o seu odor natural e saboreando
seus doces lábios. Na outra, você tinha sumido. Sumido não, me deixado de lado.
É claro que fiquei aborrecido com aquilo. Será que eu não merecia nem um adeus?
Depois de tudo o que passamos, eu não merecia um simples beijo de despedida?
Que coisa mais cruel de se fazer. Acabei por me conformar um tempo depois. Ou
era isso ou ficar me lamentando por sua partida até o fim dos tempos.
E agora
vem você aí, como todo esse papo de nós dois de novo. Que confusão que você me
colocou, menina! Numa hora me ama, me quer. Na outra não quer nem saber de mim!
Decida-se, oras! Estou ficando velho demais para esses seus jogos doentios. Não
posso me dar ao luxo de enfraquecer ainda mais esse meu coração velho com mais
decepções. Nem pensar! E então, o que vai ser? Você vai, ou fica?
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