Acho que
não consigo mais distinguir realidade de um simples sonho. Uma hora estou no
conforto da minha cama, imaginando, não, recordando aquelas belíssimas noites
em que eu e você parecíamos não ter ciência de que o mundo ao nosso redor
continuava. Na verdade, eu não posso jogar essa culpa para nenhum dos dois, até
por que eu realmente gostava de passar aquele tempo com você. Porra, era
simplesmente maravilhoso ficar te olhando sem nenhum objetivo concreto até que
você ficava sem graça e me beijava, ou até que eu simplesmente decidia que os
seus lábios haviam passado tempo de mais longe dos meus.
E, no
minuto seguinte, estou de volta ao mundo tedioso de sempre. Onde você não está
do meu lado, muito pelo contrário, está com um estranho no qual eu sempre
esqueço o nome. Não por um possível lapso de memória, mas por que eu tenho que
esquecer ou vou lembrar dele para o resto da minha vida como o cara que roubou
a mulher dos meus sonhos de mim. Pensando bem, ele não te roubou de mim. Você
escapou. Você fugiu.
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