segunda-feira, 19 de maio de 2014

Na rua, perdido.

Depois de 7 anos de caminhos tortos e esburacados, tínhamos de alguma maneira terminado nesse estranho lugar. Tínhamos chegado ao ponto de conhecer cada pequeno detalhe do outro, da aparência ao caráter. Fingíamos que não sabíamos o que o outro iria falar, mas já tínhamos todo o script em nossas cabeças. As reações acabaram por serem repetitivas, sempre caindo na mesma rotina. Não demorou muito pata começarmos a questionar nossas próprias decisões. Vivíamos em um desentendimento constante, brigas começavam onde as outras nem terminavam. Eventualmente, não suportávamos mais as características que antes nos encantavam. O fim foi eminente, chegou com mais força que a morte. Infelizmente, nossos caminhos tomaram curvas diferentes. Sabíamos que nossas emoções sempre iriam geram conflitos, por mais fúteis que fossem.
Magoados, caminharam em direções opostas. Tentaram mais uma vez trilhar seus caminhos pela vida. Um se envolveu com outra pessoa, na esperança de um futuro melhor, ou mesmo de um presente mais estável. O outro, cavou um buraco e se escondeu por lá mesmo. Não tinha ainda digerido os acontecimentos que o assombravam. Estava perdido em meio a milhares de caminhos para seguir. Estava parado. Não andava para frente e nem para trás. Estava parado no tempo, esperando algo acontecer. Só não sabia o que.

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