segunda-feira, 29 de setembro de 2014

Unholly confessions.

                Devo confessar que sempre hei de imaginar o futuro. Não me olhe com essa cara, é um de meus defeitos, ora essa! As coisas não precisam seguir um plano estrito, mas conforto-me em ter a ideia de uma certeza, mesmo que não tão certa assim.
              Cresci com a ideia do romance cravada em minha cabeça. Todos os clichês pareciam-me (até hoje) algo a ser alcançado, não importasse a situação. Claro que eu não estava errado, mas têm coisas que simplesmente não acontecem na vida real. Os livros me enganaram, Tom! Os filmes me enganaram! Minha mãe também? Não sei. O mundo é difícil, convenhamos. Nós mesmos tornamos as coisas mais complicadas do que elas já são. Mas não é nossa culpa! Somos destinados a criar expectativas, mesmo que não queiramos. Implicamos com coisas tão insignificantes que logo esquecemos no dia seguinte. Ô, se arrependimento matasse...
                Em minha defesa não há muito o que fazer quando a questão do amor vem à tona. É fácil dizer que não quer, que acha ridículo e que nunca faria isso ou aquilo. Simplesmente não consigo evitar. Na hora que me dou conta, já me imagino vendo um filme de terror (a mão dela me pressionando é indispensável), debaixo de cobertas em um dia frio, quiçá até chuvoso. Sou louco? Ou somente um clichê ambulante? Pode ser sincero! Não vou dizer que sou insensível, ou que não espero um bocado das pessoas, pois é mentira. Sou humano. Gosto, mesmo quem não merece. Amo com todas as forças, mesmo sem saber o que é amar. Sempre vou esperar o final feliz, mesmo sabendo que o final é relativo. 

sábado, 27 de setembro de 2014

The fallen day.

                I felt the inexplicable urge to scream as loud as I could, although I would much prefer to just continue laying there, staring at the ceiling. It wasn't my choice per say. Don’t get me wrong, I often found that I could always lock all my feelings in a box and stop them from wandering around. No peeking. No trespassing. But I did know that someday I would have to release myself from all the chains. Freedom was indeed needed.
My voice came out shattered, mainly due to my endless sorrowing with my thoughts. I didn’t stop, though. I had to catch a huge breath each time I screamed. My lungs nearly collapsed, as I became exhausted and finally stopped. I have never done that before. And I still don’t know why that urge popped up so suddenly, but I’m glad it did. It might have been a sudden, yet expected loneliness.
                There, facing the wall of my bedroom, the clock ticked as slow as possible. I didn’t complain, as I needed that break. I needed that gap of hours. Alone, I realized all the humongous situations I’ve lived and asked myself how was I even there, after what I’ve been through. Each step forward I took felt two steps back. Every time I felt fulfilled, I was actually never been more lost. Was I destined to live with such pain? Was this supposed to happen from time to time?
                I punched the wall. Again. And again. The bruises were starting to form, since I didn’t lower my strength. I couldn’t care any less to my hand. Each impact it felt oddly accomplishing. Anger intervene and was now in full control of my body. I felt the pain wading through my fingers, but it just made me punch harder. I needed to feel something. To be punished. To finally understand that my choices can and will have consequences. And that life wasn’t all just smiles and being happy. We, humans, need the difficulties. We need the rollercoaster that is life. In order to succeed, we would need to fail. To fall. To meet our darkest self. To let him take control. To make us see the obscurity that resides inside us, gasping for a room to take place. 

segunda-feira, 22 de setembro de 2014

Passado, presente e futuro.

Sou um cara simples. Provavelmente não terei nenhuma estátua em meu nome por aí, ou mesmo ganharei um prêmio Nobel, quiçá um livro que algumas pessoas gostem. Porém, posso afirmar, com todas as palavras bem expressas e soletradas, que tudo o que eu faço é com paixão. Com vontade. Pode ser a comida do almoço, um trabalho de faculdade, ou até uma carta de amor. Coloco todas as minhas forças nas minhas escolhas e, assim, vou com elas até o final. Posso quebrar a cara e ficar todo arranhado, mas terei a certeza que segui meus instintos, que fiz o que eu quis, sem arrependimentos. E é por isso que não me arrependo de nada, nadinha. As escolhas que fazemos nos tornam o que somos hoje. Como posso dizer que faria de outra maneira, se sou o que sou por causa delas? Tenho orgulho do que sou, de quem eu sou. Tenho orgulho das escolhas que tomei. Por pior que as coisas tenham sido, se me dessem a opção de mudar alguma coisa, não a faria (talvez eu acredite em destino?). Não existe certo ou errado (peço perdão aos meus professores), mas sim diferentes maneiras que podemos enxergar determinada situação.
Confesso que essa coisa de mergulhar de cabeça é um caminho complicado, cheio alçapões e galhos que te fazem tropeçar a todo momento, mas não sei fazer de outra maneira. Sempre fui assim, nunca consegui ser pela metade. Essa coisa de ter o pé atrás não funciona comigo. Ou faço ou não faço. Dentro ou fora. Muitas vezes fico perdido, sem saber o que fazer, pra onde ir. Mas isso não quer dizer que eu desisto e saio andando. Posso até olhar para trás, vislumbrar um pouco do que eu era, porém logo sigo em frente, ansiando por um futuro que me traga coisas boas. Amizades, livros, amores... é preciso pouco para me deixar feliz. Contento-me com um sorriso, pode ser até de canto de boca. Obviamente que uma gargalhada, daquelas soluçadas e que te fazem rir junto, é sempre bem-vinda. Admiro as pessoas que andam todos os dias com os dentes à amostra, como se nada de ruim pudesse acontecer. Tento fazer o mesmo, sempre que possível. A arte de distribuir sorrisos está bem esquecida nos dias de hoje, mas ainda não deve ser descartada. Conseguem até fazer a minha semana, acredita? Não precisam nem falar nada, só me emprestar cinco segundos de sorrisos e risadas. Coisas simples. Um cara simples.