sábado, 27 de dezembro de 2014

Quando bate aquela saudade.

                A conversa durava horas, boa parte com trivialidades que ambos gostavam de jogar fora. Ele adorava sua voz doce e gargalhada rica, gostosa de ouvir em qualquer momento. Então, era essencial manter aquela conversa fluindo, mesmo com bobagens. Finalmente, tocou no assunto que sempre o perturbava e também o que mais o instigava:
                - Sou doido por você.
                - Como assim, menino?

quarta-feira, 10 de dezembro de 2014

(Eu gosto desse tipo de pessoa)

                A vulgaridade nunca me atraiu, gosto do que preciso descobrir, me encantar, me apaixonar. Gosto de quem chega devagar, não pede pra ficar e vai me ganhando entre tantos sorrisos, é de gente assim que eu preciso. Gosto de quem quer ser gostado, gosto de presença, de beijo roubado. Eu gosto do que é raro nos dias atuais, gosto de quem se faz diferente nesse mundo tão cheio de pessoas iguais. Gosto do simples, do agora, gosto de quem abraça e demora, aí me faz não querer ir embora.

sábado, 6 de dezembro de 2014

Pra você e só você.

                O que faz do tempo ser certo? A facilidade? A conformidade? Por qual motivo o hoje não seria viável, mas o ontem sim? Te digo que está enganada. Não há melhor momento que o agora. Estamos aqui hoje, e não ontem. Olho para você nesse exato momento, às três e cinquenta e quatro da tarde. Não me venha com essa de tempo certo, morena. Nada é certo. E essa é a graça.
Vem pra cá, chega mais, vamos aproveitar essa oportunidade que a vida nos deu. Não vai pra lá não, deixa disso. Meu abraço tem o formato do teu corpo e minha boca anseia pela tua. Vem que o tempo não espera. Vem que não sabemos o dia de amanhã, meu bem. Hoje, sou teu, todo teu. Mas se vier, fica sem pressa.